Entrevista com Especialista: quais as melhores formas de investimento para o MEI?
A busca por uma fonte de investimento é o sonho de muitos MEIs. Saiba qual o melhor tipo de investimento para a categoria!
Segundo a Receita Federa, hoje, o Brasil possui mais de 11,3 milhões de microempreendedores individuais. Só em 2020 o número de novas formalizações chegou a marca de 2,6 milhões – a maior registrada em cinco anos.
Com essa alta na categoria, muitos MEIs passam a sonha com uma fonte de investimento. Porém, ainda assim, o medo é um companheiro, já que existe um receio de que o retorno gerado pelo investimento seja realmente lucrativo ou até custoso à empresa.
Mas qual a melhor forma de investimento para o MEI? No Entrevista com Especialista de hoje, o consultor financeiro de gestão empresarial, Renan Kaminski responde. Confira nosso bate-papo!
Entrevista com Especialista: Quais as melhores formas de investimento para o MEI?
MEiShop: Como está o cenário dos investimentos neste ano e quais as previsões para 2022?
Renan: Mesmo com uma inflação mais elevada e o crescimento pequeno do PIB neste ano, o estudo da Anbima mostrou que em setembro ocorreu um crescimento nos investimentos de renda variável e que existe uma tendência de crescimento nos investimentos de renda fixa devido ao crescimento da taxa Selic. Para o ano de 2022, com uma expectativa de crescimento baixa do PIB brasileiro e considerando que a estimativa da inflação (IPCA) subiu para 5%, as perspectivas futuras ainda possuem incertezas e, nesse cenário, as pessoas tendem a ser mais conservadoras no que tange a investimentos, principalmente quando se fala de renda variável.
MEiShop: O que se deve ter em mente antes de investir?
Renan: Como empresário é importante ter em mente que investir dinheiro da empresa é diferente de investir dinheiro da pessoa física, e, portanto, deve ter um perfil conservador ao se falar do dinheiro da empresa. Primeiro que é importante para a empresa ter sua reserva financeira formada (no mínimo 6 meses de reserva), e tal reserva deve ter alta liquidez, ou seja, está disponível para ser usado a qualquer momento de necessidade da empresa. Segundo, além da reserva financeira é importante considerar tanto a possibilidade de formação de capital de giro (quando necessário para o negócio), quanto de reinvestimento no próprio negócio (investir em estrutura, marketing, ampliação). Se ainda assim, começar a se formar excedente, podemos falar, então, em investimentos mais seguros e conservadores, levando em consideração questões tributárias e contábeis, por exemplo.
MEiShop: No caso dos microempreendedores individuais, quais são as melhores opções de investimento?
Renan: Uma opção segura é o Certificado de Depósito Bancário (CDB), que oferece liquidez, tem baixo risco (contando com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito), e geralmente é vinculado ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI), que é um taxa que segue próxima à Selic. Uma outra opção é o tesouro direto, que são os títulos públicos do Governo Federal. Eles são considerados um dos investimentos mais seguros do mercado e existem várias opções, algumas com taxa fixa, outras atreladas ao IPCA ou a Selic, nesse caso é importante definir bem o objetivo de investimento para determinar a escolha mais adequada.
Renan: Mesmo com uma inflação mais elevada e o crescimento pequeno do PIB neste ano, o estudo da Anbima mostrou que em setembro ocorreu um crescimento nos investimentos de renda variável e que existe uma tendência de crescimento nos investimentos de renda fixa devido ao crescimento da taxa Selic. Para o ano de 2022, com uma expectativa de crescimento baixa do PIB brasileiro e considerando que a estimativa da inflação (IPCA) subiu para 5%, as perspectivas futuras ainda possuem incertezas e, nesse cenário, as pessoas tendem a ser mais conservadoras no que tange a investimentos, principalmente quando se fala de renda variável.
MEiShop: O que se deve ter em mente antes de investir?
Renan: Como empresário é importante ter em mente que investir dinheiro da empresa é diferente de investir dinheiro da pessoa física, e, portanto, deve ter um perfil conservador ao se falar do dinheiro da empresa. Primeiro que é importante para a empresa ter sua reserva financeira formada (no mínimo 6 meses de reserva), e tal reserva deve ter alta liquidez, ou seja, está disponível para ser usado a qualquer momento de necessidade da empresa. Segundo, além da reserva financeira é importante considerar tanto a possibilidade de formação de capital de giro (quando necessário para o negócio), quanto de reinvestimento no próprio negócio (investir em estrutura, marketing, ampliação). Se ainda assim, começar a se formar excedente, podemos falar, então, em investimentos mais seguros e conservadores, levando em consideração questões tributárias e contábeis, por exemplo.
MEiShop: No caso dos microempreendedores individuais, quais são as melhores opções de investimento?
Renan: Uma opção segura é o Certificado de Depósito Bancário (CDB), que oferece liquidez, tem baixo risco (contando com a proteção do Fundo Garantidor de Crédito), e geralmente é vinculado ao Certificado de Depósito Interbancário (CDI), que é um taxa que segue próxima à Selic. Uma outra opção é o tesouro direto, que são os títulos públicos do Governo Federal. Eles são considerados um dos investimentos mais seguros do mercado e existem várias opções, algumas com taxa fixa, outras atreladas ao IPCA ou a Selic, nesse caso é importante definir bem o objetivo de investimento para determinar a escolha mais adequada.
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MEiShop: Quais são as principais vantagens de um investimento? É possível ter um retorno rápido?
Renan: O investimento pode permitir mais segurança, organização, planejamento do futuro, e pode ajudar a atingir os objetivos do negócio. É sempre importante frisar a necessidade de separar os investimentos da pessoa física dos da pessoa jurídica e sempre se adaptar às possíveis mudanças de mercado e objetivos. Como para a empresa a intenção é ser mais conservador, o retorno pode ser mais baixo e retornos maiores serão ao longo prazo, mas o objetivo da empresa, em primeiro lugar, é crescer de maneira segura e estruturada, sempre buscando manter sua gestão financeira em dia!
Renan Kaminski é sócio-fundador da 4blue, formado em Ciências Contábeis pela UFPR e MBA em Gestão Estratégica pela USP. Renan é especialista em finanças para pequenas empresas. Trabalha como consultor, treinador e palestrante desde 2006.