As redes sociais são fenômeno que tem ultrapassado as barreiras das relações pessoais e atingido, cada vez mais, o âmbito dos negócios. Através delas, muitas empresas têm crescido e aumentado suas vendas. Afinal, quem não está presente nas redes sociais?

Segundo uma pesquisa realizada pelo portal Cupom Válido com dados da Statista, o Brasil é um dos países com maior média de tempo de utilização diária das redes sociais, ultrapassando a marca de 3 horas por dia. Mas qual o jeito certo de usá-las quando falamos de um negócio? É preciso mesmo dar as caras nas redes sociais e nos expor? De acordo com o marketing digital, isso pode, sim, fazer diferença.

No Entrevista com o Especilista de hoje falamos com Daniela Andrioli e Jamile Curty, que são especialistas na área e explica o porque dar as caras nas redes sociais pode ajudar no seu negócio. Olha só!

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Por que dar as caras nas redes sociais pode ser importante para sua marca?

MEIShop: No marketing digital, muito se fala sobre a humanização das marcas para proporcionar boas experiências aos clientes e gerar engajamento nas redes sociais. Na prática, o que seria essa “humanização”?

Daniela: Quando falamos de humanização da marca, temos que ter claro que essa é uma estratégia que veio também com a participação do consumidor na vida das marcas. Porque antes a gente tinha uma comunicação passiva. A propaganda vinha até a gente e tínhamos que consumir aquilo. Com a chegada das redes sociais e das marcas na plataforma, o consumidor passou a ser mais ativo. Ele pode tirar dúvidas, conversar com a marca, se envolver nos processos. E essa humanização nesse processo é muito importante pra mostrar que existe uma pessoa real por trás daquela marca. A gente sempre fala que a humanização é muito importante para as pequenas e médias empresas, porque as marcas muito grandes que começaram sem apelo das redes sociais, têm essa dificuldade da humanização. Mas os pequenos empreendedores têm essa facilidade: a gente pode mostrar mais credibilidade, pois só só colocamos o rosto naquilo que a gente confia. Lembrando que a humanização não pode ser mostrar a vida desenfreadamente, mas sim recortes e processos dos bastidores da marca que façam sentido para quem acompanha. 

MEIShop: Geralmente, sabemos que existe uma separação da conta pessoal do empreendedor com o perfil do seu negócio. Mas e quando a marca/empresa leva o próprio nome do empreendedor? Ele continua com os dois perfis? Ou vale a pena unificar a conta e mesclar os conteúdos profissionais com publicações do dia a dia?

Jamile: Tudo depende de uma avaliação do que a pessoa gosta de trabalhar no Instagram dela. Se é alguém extremamente ativo nas redes sociais e que gosta de postar a vida sem filtros de estratégia profissional, a gente indica que tenha dois perfis. Mesmo que a pessoa seja o próprio negócio. Por exemplo, um nutricionista que gosta de mostrar o final de semana bebendo na balada com o amigos, não deve mostrar isso no perfil profissional. Porque isso atinge a credibilidade dela como profissional. A partir do momento que você decide por usar o mesmo perfil, é preciso passar por esse filtro profissional para saber se está ajudando ou prejudicando. Essa análise tem que ser pessoal, não existe certo ou errado.  

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MEIShop: Outra dúvida comum: o perfil deve utilizar uma foto do empreendedor ou a logomarca da empresa?

Daniela: Não existe certo ou errado. Tanto logo quanto a foto funcionam muito bem. Quando a pessoa é a própria marca, nós indicamos que ela use uma foto dela porque isso gera mais aproximação. Além de que a bolinha do avatar do perfil se mistura nos stories e tem mais interações. Quando a pessoa trabalha uma marca, a foto do logo pode funcionar muito bem. Lembrando que a foto profissional tem que passar credibilidade. Então, selfies, fotos com óculos de sol e fazendo careta devem ficar de fora. Tem que ter cuidado para que a imagem represente a marca dela. 

MEIShop: A maioria dos empreendedores demonstra vergonha e dificuldades para aparecer em reels, stories ou mesmo em fotos nas publicações. Como vencer essa insegurança?

Jamile: A primeira coisa que você precisa ter na cabeça é que não está fazendo nada de novo. Já existe muita gente que está trabalhand dessa forma, abrindo caminho e tem dado muito certo. Depois, invista em técnicas que tornem esse momento mais leve. Comece por uma foto, depois em um boomerang, aí um vídeo por trás das câmeras sem aparecer o rosto. Dar esses pequenos passos antes de fazer um story aparecendo o rosto. Pra vencer a vergonha é preciso treinar.

 

Daniela Andrioli e Jamile Cury, proprietárias da Bola de Cristal, agência especializada em redes sociais e marketing humanizado