O empreendedorismo é uma ótima alternativa para driblar a dificuldade de retornar ao mercado de trabalho no atual contexto socioeconômico

No entanto, não há um caminho único para aqueles que desejam empreender. A categoria MEI é um deles e é importante deixar claro que, ao se formalizar, o MEI tem direito aos benefícios previdenciários

Muita gente enxerga o empreendedorismo como aquela brecha tão esperada para gerenciar de forma autônoma a própria carreira profissional. No entanto, é preciso dizer que, no universo empreendedor, há inúmeras rotas possíveis e é preciso estar atento para escolher aquela que mais combina com seu plano de negócios. 

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Existem diferentes maneiras e motivações para empreender. Por exemplo, há aqueles que encaram o empreendedorismo como alternativa ao desemprego, outros, em contrapartida, embarcam no universo empreendedor com a intenção de complementar a renda que é obtida, mensalmente, por meio de outro regime de trabalho, como a CLT. Há, ainda, quem enxergue, repentinamente, uma oportunidade de mercado e consegue desenvolvê-la, produzindo produtos e serviços inovadores.

É certo que você, leitor do blog DicasMEI, pode facilmente se encaixar em um desses perfis. Mas, será que você sabia que, mesmo dentro da categoria de microempreendedor individual, há inúmeras possibilidades e formas de colocar em prática sua veia empreendedora?

No livro Empreendedores Visionários, o autor, José Dornellas, apresenta diversas classificações de empreendedores. As variações são grandes, uma vez que cada um tem seus motivos para empreender. 

Separamos três soluções distintas para aqueles que enxergam a categoria MEI como possibilidade de driblar o desemprego. 

Vamos conhecê-las?

Trabalhando em casa 

Quem aí já sonhou em fazer a gestão do próprio negócio sem sair de casa, pegar trânsito e ficar confinado em um escritório durante horas? Muitos devem estar pensando que essa possibilidade só se aplica às ideias empreendedoras que alcançam um elevado teto anual bruto. Mas, isso é um engano. 

A categoria MEI permite que muitas de suas atividades, consideradas de baixo risco, sejam realizadas no formato home office, ou seja, quando você transforma um espaço doméstico em estação de trabalho.

O seu modelo de negócios se encaixa nesse formato? Que tal voltar à ativa, profissionalmente falando, sem sair de casa?

Dentre as inúmeras opções, a atividade de secretária remota ou virtual é uma das mais procuradas por aqueles que desejam voltar ao mercado de trabalho como microempreendedores individuais.

“Eu fiquei quase 8 anos sem trabalhar. Cuidei dos filhos, da casa e da família. Mas, depois que meu esposo faleceu, senti a necessidade de fazer algo útil. O caso é que com a idade avançada, tenho hoje 54 anos, ninguém me contrataria. Então, decidi trabalhar por conta própria. Como não tenho carteira de habilitação, a locomoção seria difícil. Foi quando uma amiga me apresentou a função de secretária remota. Hoje, sou MEI e trabalho da minha própria casa”, conta Maria do Carmo Ribeiro Chagas, que é MEI há quase 2 anos. 

VEJA: O MEI pode trabalhar em casa? 

Trabalhando no espaço digital 

A internet e o ambiente virtual tomaram conta do mundo dos negócios. Hoje, grande parte das ações e transações empreendedoras acontecem no espaço digital e é preciso estar atento a essas tendências para faturar mais. 

A categoria MEI permite que você comercialize produtos e serviços via internet, em um site próprio ou plataforma de makertplace, desde que seu rendimento anual não ultrapasse o teto de R$81 mil. 

Como exemplo, apresentaremos o empreendimento da filha da Maria do Carmo, que desempenha a função de secretária remota e que contou sua história ali em cima. “Meu nome é Thamara Ribeiro Chagas, moro Conchas. Quando vi minha mãe trabalhando como MEI, pensei que podia aproveitar a inspiração e comercializar o que sempre amei fazer: roupas de crochê. Aprendi a arte com a minha avó e sempre tive vontade de montar uma loja, mas, o custo da estrutura física era muito elevado. Quando descobri que era possível criar uma conta no Instagram e comercializar meus produtos por lá, no formato e-commerce, fiquei muito feliz e coloquei em prática”, compartilhou conosco a artesã Thamara, que é MEI há 1 ano. 

VEJA: Saiba mais sobre atendimento virtual nessa dica exclusiva da plataforma DicasMEI 

Trabalhando com importação e exportação 

Você sabia que você pode fazer importação e exportação de produtos sendo microempreendedor individual? Pois é! Às vezes, não nos imaginamos apostando em atividades como essas para driblar o desemprego, mas, é possível. 

No entanto, é preciso ficar atento, pois há algumas regras que precisam ser respeitadas. Por exemplo, é necessário que a mercadoria seja vendida no varejo ao consumidor final.

Além disso, os microempreendedores devem ficar atentos ao Artigo 17, inciso X da LC 128/2008 sobre as restrições quanto a importação e exportação de mercadorias. Algumas delas são: 

  • Cigarros, filtros para cigarros, charutos, cigarrilhas, armas de fogo, munições, detonantes e explosivos;
  • Bebidas alcoólicas, refrigerantes, águas saborizadas gaseificadas, cervejas sem álcool e preparações compostas para elaboração de bebida refrigerante.

O processo de como exportar também exige o pagamento de tributos extras. Nesse caso, o MEI precisa recolher tanto o DAS quanto o Imposto sobre a Exportação de Produtos Nacionais ou Nacionalizados (IE). O valor dos tributos pode variar de acordo com a quantia e outros fatores da exportação.

VEJA: Saiba tudo sobre exportação para o MEI 

VEJA: Saiba tudo sobre importação para o MEI 

E aí, conseguimos te ajudar a ter algumas ideias para driblar o desemprego a partir das possibilidades da categoria MEI?

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