Governo reduz exigências para o cadastro de estrangeiros na categoria MEI
Imigrantes que trabalham como autônomos já podem registrar-se como MEI de forma simplificada
O governo reduziu as exigências para o cadastro de estrangeiros
Escolheu construir sua vida no Brasil? Agora, ser um microempreendedor individual e trabalhar de forma autônoma é uma possibilidade que teve suas exigências simplificadas, desde o dia 15 de outubro de 2019.
Segundo o Ministério da Economia, atualmente existem no país 46.591 estrangeiros de 169 nacionalidades inscritos como MEI.
Com experiência e indicação de alguns brasileiros que desejam ajudar, o imigrante consegue vagas de emprego. No entanto, na informalidade, as chances de receber menos e não ser respaldado por benefícios previdenciários são alguns dos obstáculos que podem prejudicar a construção de uma carreira e estruturação da vida financeira no Brasil.
VEJA: Tenha seu CNPJ em menos de dez minutos com a DicasMEI
O que mudou para a formalização do estrangeiro como MEI?
Antes, o imigrante precisava seguir as mesmas regras do brasileiro. Com a simplificação, o estrangeiro que quiser se formalizar como MEI precisa apenas informar o país de origem e o número de um dos seguintes documentos:
- Carteira nacional de registro migratório
- Documento provisório de registro nacional migratório ou protocolo de solicitação de refúgio
Pelas regras anteriores, o imigrante precisava apresentar o número do recibo da última Declaração do Imposto sobre a Renda da Pessoa Física ou o título de eleitor. Caso não tivesse título de eleitor, o estrangeiro não poderia emitir a declaração de renda por ter entrado no país no mesmo ano em que recebeu o Cadastro de Pessoas Físicas (CPF).
Na prática, as normas anteriores adiavam a formalização do estrangeiro como microempreendedor para o ano seguinte à chegada ao Brasil. Agora, ficou tudo mais fácil.
Por que vale a pena ser MEI?
Para o imigrante, trabalhar de forma autônoma é uma opção de conseguir desenvolver suas habilidades em solo estrangeiros, sem depender de formação acadêmica ou validação do diploma. É uma grande oportunidade de se inserir no mercado de trabalho em um primeiro momento.
Autora de um livro sobre trabalho e imigração, a doutora em sociologia pela Unicamp, Patrícia Villen, afirma que o empreendedorismo é uma alternativa que se impõe diante dos bloqueios para entrar no mercado de trabalho formal.
Além disso, ao formalizar as atividades profissionais a categoria MEI, o imigrante tem acesso aos benefícios previdenciários, como salário maternidade e auxílio doença. Dessa maneira, o imigrante é assegurado, caso apareçam imprevistos pelo caminho.
VEJA: Conheça os benefícios previdenciários aos quais o MEI tem acesso
Expressão cultural
Alguns modelos de negócios, principalmente aqueles do setor de alimentação, são oportunidades de, além de gerar renda para o imigrante, permitir a expressão da cultura de seu local de origem.
Na cidade de São Paulo, por exemplo, pratos libaneses, venezuelanos, japoneses etc., estão cada vez mais comuns. O imigrante ganha com a venda e o consumir ganha bagagem cultural, conhecendo gostos do mundo todo.
O mesmo acontece com a produção de artesanato e itens que expressem a estética e os costumes de determinada etnia ou região.
Quer ler mais matérias como essa?
Continue navegando em nosso blog.